A jornada da comitiva portuguesa começou no “nosso” Porto. Na manhã de domingo, deslocaram-se todos para o aeroporto de Francisco Sá Carneiro para apanhar o voo que os levaria para uma semana épica cheia de emoções em Itália. Após a chegada destes a Milão, apanharam um táxi que os levou diretamente para o hotel, onde puderam arrumar as suas malas e descansar, mas por pouco tempo pois o primeiro dia não acabaria aí. Chegada a hora de jantar, todos os participantes de todos os países envolvidos (Portugal, Itália, Bulgária e Turquia) foram jantar juntos para comer a sua primeira pizza da semana. Após o jantar, voltaram para o hotel onde puderam descansar e repor energias para o dia seguinte. Não sem antes experimentar um croissant vendido ao postigo da cozinha de uma padaria (aberta até à madrugada) verdadeiramente italiana!
No segundo dia, após tomar o pequeno-almoço no hotel, a equipa portuguesa apanhou o elétrico até à paragem ROZZANO – VIA G. ROSSA, onde se situava a escola. Chegara o momento de conhecer a escola que os estudantes italianos frequentam. O staff e a direção italianas fizeram uma calorosa receção e depois disso foram apresentados curtos vídeos das viagens a Portugal, Turquia e Bulgária. Após esta breve introdução, foram guiados até à biblioteca para um pequeno lanche (curiosidade: foi construída inspirada na biblioteca da EBS de Cristelo). À tarde, visitaram os pontos turísticos do centro da capital da moda, Milão: Catedral de Milão, Galleria Vittorio Emanuele II, Museu Brera, Castelo Sforzesco e o Parque Sempione.
No terceiro dia, dirigiram-se à “Cascina Grande” que se situava nas proximidades da escola. Chegados lá, foram recebidos pelos professores e técnicos da biblioteca para assim se começar a atividade. Cascina Grande, antes de ser uma biblioteca pública com um fantástico spot de convívio, era uma enorme empresa agrícola onde se produzia arroz, no século XIX, e onde ainda hoje permanece um moinho. A atividade consistia em criar um podcast acerca das mobilidades do programa Erasmus + “Building Bridges”, de forma a contar as perspetivas dos alunos, salientando aquilo que tinha sido mais marcante para eles. Depois de dividirem as tarefas e de organizarem o podcast, foram comer ao restaurante que se encontra ao lado da biblioteca, tendo sido (novamente) pizza. Após o convívio do almoço, dirigiram-se à escola, onde tiveram uma conferência com o Dr. Enrico Gamba que apresentou a estratégia “MINDFULNESS”. Esta prática consiste na aprendizagem da autorregulação do stress, presente no quotidiano de várias formas, para que a atenção seja devidamente utilizada em prol de algo necessário e útil. Os alunos, divididos em dois grupos, e um terceiro grupo constituído pelos professores discutiram a relação entre “MINDFULNESS” e “BUILDING BRIDGES”. Ou seja, de que forma é que essa estratégia os ajudaria a quebrar a barreira entre todos os que estavam envolvidos no projeto Erasmus? Ouçam o podcast para que possam entender!
No quarto dia desta viagem enriquecedora, os alunos foram visitar o Lago Como, o lugar mais distante do hotel. Este é o terceiro maior lago italiano e tem uma área de 146 quilómetros quadrados. É ainda o quinto lago mais profundo da Europa, cujo fundo se encontra a 227 metros abaixo do nível do mar. Uma das suas particularidades é a sua forma em “Y” que se formou a partir da combinação do degelo dos glaciares e a ação erosiva do antigo rio Adda. Após uma caminhada pela margem do lago, os alunos chegaram à rua Piazza Alcide de Gasperi e entraram no “Funiculare Como-Brunate” (funicular Como-Brunate), uma ferrovia que sobe e desce a encosta de uma montanha com uma inclinação muito acentuada. Subiram então uma das montanhas recorrendo a este meio de transporte até uma pequena aldeia localizada em Brunate. Lá puderam ter uma vista panorâmica do lago. À tarde, foram ao “Tempio Voltiano” (Templo de Volta), um museu dedicado a Alessandro Volta, um prolífico cientista e inventor da bateria elétrica. Foi construído em 1927 para comemorar o 100º aniversário da morte do cientista, mas apenas foi inaugurado em 1928.
Na quinta feira, após tomarem o pequeno almoço no hotel como de costume, dirigiram-se à escola para se encontrarem com os alunos Italianos. Daí foram todos juntos novamente à Cascina Grande para darem os toques finais no podcast que foram realizando ao longo da semana e gravarem o áudio do mesmo, com a ajuda da equipa italiana de uma das maiores empresas de e-books e audiobooks do mundo, a Storytel. À tarde apanharam dois autocarros diferentes para se deslocarem até Pavia onde puderam ver uma das primeiras universidades da história de Itália, inclusive a primeira escola feita para mulheres. Exploraram e conheceram a cidade, ficando a conhecer as várias torres construídas para representar o poder financeiro de cada família burguesa, sendo que quanto mais alta fosse a torre, melhores eram as condições destes e mais rica era a família. Estas torres, curiosamente, abrigam, atualmente, araras verdes, sendo a causa disto desconhecida, ou seja, não se sabe de onde estas podem ter vindo. Mais tarde tiveram uma visita guiada pela cidade na qual aprenderam um pouco mais sobre a arquitetura da cidade, sendo vista com mais detalhe a Catedral de Pavia e a basílica de San Teodoro, tendo os alunos inclusive entrado nesta última. E por fim, mas não menos importante, os alunos foram visitar a ponte Coperto.
Sexta Feira, o último dia da incrível da aventura destes portugueses em Milão. Esta terá sido uma das melhores e mais inesquecíveis semana das suas vidas. Mas ainda não tinha acabado. Pela manhã, após o pequeno-almoço, os alunos deslocaram-se via tram até à escola onde puderam acabar a sua apresentação sobre o podcast realizado no dia anterior. Após as apresentações, realizou-se a cerimónia de entrega dos certificados Erasmus+ a todos os participantes de todos os países. Ainda houve um lanche com algum tempo livre na biblioteca e algum tempo para ficar a conhecer melhor a escola.
O dia terminou com o jantar de despedida que se realizou em NOVERASCO, uma escola profissional dedicada especialmente à agricultura, onde tiveram a honra de ser recebidos pelo seu diretor que os levou a uma visita guiada pelos espaços verdes da escola. Após esta introdução, todos os alunos foram para o pavilhão da escola onde também tiveram uma receção por parte de alunos com um espetáculo de “marionetas”. Puderam depois degustar um jantar de que não estavam à espera, pois o menu era diferente do que até aí tinham experimentado: desde pratos vegetarianos, até comida fabricada em laboratório foram servidos. Houve ainda oportunidade de conviver com todos e de se divertirem ao som de música e dança. Chegada a hora de despedida, ninguém se queria despedir pois sabiam que aquela semana memorável teria chegado ao fim.
Texto elaborado pelos alunos: Jéssica, Rita, Márcia, Rúben e André
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